sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ciumes e possessividade = destruição


" Ciúmes, sabe, aquela sensação de possuir alguém, de querer impedir que  seus pensamentos sigam rumos que não foram “determinados”. Parece uma idéia absurda e é! Num relacionamento, a sensação de que o outro nos pertence e de que podemos determinar como ele vai se relacionar com mundo a sua volta não existe, na prática não possuímos ninguém, não adianta. Por mais que desejemos impedir a pessoa amada de passar por situações de “risco” – a neura da traição – é sem efeito e só gera sofrimento e na maior parte das vezes afasta as pessoas em nossa volta.
Tem gente que fica que nem cachorro perdigueiro, você não pode cumprimentar sua mãe no telefone, que já ouve a pergunta sobre com que vagabunda(o) tá falando. E claro, você num ápice de satisfação irônica responde: Minha mãe!
    O ciúme serve como tempero, dá um certo tom ao relacionamento, diz a outra pessoa que você quer ela para si, mas da mesma forma que numa comida, basta colocar tempero demais que estraga. Sem nenhum fica ruim, sem sal, sem graça, se colocar demais, ninguém come e joga-se fora. Contudo, na dose certa, é saudável e torna a comida (relação) deliciosa.
     Porém, esse sentimento tende, em algumas pessoas, a se tornar possessão, que é fruto de uma profunda insegurança e insatisfação, um “complexo de traição” que termina por minar as relações, mesmo as que não são amorosas, pois a pessoa passa a acreditar que pode e deve proteger as pessoas e que se não fizer isso vai perdê-las, o que é um tiro-no-pé, pois é exatamente isso que acontece, ninguém gosta de ser vigiado e de ter sua vida controlada por outra pessoa, a menos que esteja vivendo uma fantasia sado-masoquista."

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